PODEMOS REALMENTE CONFIAR NA BÍBLIA? O QUE FAZ DELA UM LIVRO REALMENTE "SANTO"

Nos dias de hoje, em meio as diversas seitas e falsas doutrinas que têm surgido e enganado a muitos, como saberemos que estamos servindo a Deus de maneira certa? E que estamos confiando realmente num livro vivo e verdadeiro?

ARGUMENTOS QUE A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS

1. Há uma pressuposição a favor dela. O homem precisa duma revelação de Deus, e se a Bíblia não é esta revelação; então não temos uma revelação. Certo é que existem outros livros sagrados de outras religiões, mas eles são como os deuses de quem são testemunhas; é óbvio que não são revelações do Deus vivo e verdadeiro. O homem precisa do tipo de revelação que temos na Bíblia. Existe uma revelação de Deus na natureza, mas esta revelação é inadequada; ela não revela bastantes aspectos. A natureza revela Seu eterno poder e Divindade, mas não diz nada de Suas qualidades morais. A natureza nos diz que existe um Deus, mas ela não nos diz que Deus é este. Um selvagem numa ilha isolada qualquer, longe de toda civilização, encontrando um Relógio talvez chegasse a conclusão que ele fora feito por um homem. O impossível seria aprender qualquer coisa a respeito do carácter do fabricante, através de exames feitos no relógio. Do mesmo modo, o homem jamais poderia conhecer o carácter de Deus pelo estudo da geologia, biologia ou astronomia. A Bíblia não tenta provar a existência de Deus, mas ela nos esclarece e fala muito sobre o assunto do que Deus é. Ele é revelado em Seu modo de existir e em suas variadas perfeições morais.

O homem encontra-se no escuro a seu próprio respeito. Ele precisa de uma revelação escrita que diga: o que ele é, de onde velo, e para onde vai. A Bíblia responde a todas as questões em relação ao eterno bem estar da alma humana. Ela convence cada homem de seu pecado e lhe diz como ser salvo. Sim, existe pressuposição a favor da Bíblia. O homem necessita duma revelação; Deus é capaz de dar tal revelação, e a Bíblia é o tipo de revelação que o homem precisa. A Bíblia satisfaz a alma sedenta.

2. A Bíblia reivindica ser a Palavra de Deus. Se a Bíblia não for o que Ela proclama-se ser, é um livro mau. É totalmente incoerente ter a Bíblia como um bom livro, e ao mesmo tempo negar a Sua infalibilidade. Por toda Bíblia encontramos a expressão: "assim diz o Senhor". Esta expressão ou uma de suas equivalentes, é encontrada mais de duas mil vezes no Velho Testamento.

3. O testemunho de Cristo argumenta a favor da veracidade da Bíblia. O Velho Testamento existia em Seus dias, e Ele o aceitou e o citava como sendo a Palavra de Deus. O mesmo livro que frequentemente é atacado pelos críticos, o livro de Deuteronômio, é o livro do qual Cristo faz todas as Suas citações quando tentado por Satanás. Veja Deuteronômio 8:3; 6:16; 6:13, e compare com Lucas 4:4-12.

4. A singularidade da Bíblia atesta sua origem Divina. Ela difere de todos os outros livros. Beber desta fonte da verdade é provar a diferença. Ela é distinta dos demais livros em seus ensinos concernentes a Deus, à criação, ao pecado e à salvação. Diz-se que o homem jamais poderia escrever tal livro mesmo se desejasse, e ele jamais desejaria escrevê-la se pudesse. Qualquer homem honesto e que conhece bastante a respeito da Bíblia, admitirá que Ela jamais poderia ser produto do ser humano.

5. A franqueza com que a Bíblia trata de seus heróis e autores, nos dá bastante evidência que Ela é a Palavra de Deus. As biografias humanas nos dão somente a bela e melhor parte da vida de um homem. Elas exaltam suas virtudes e louvam seus feitos, mas dizem pouco ou nada a respeito das falhas. Mas os personagens da Bíblia são descritos com os fatos da verdade, sejam bons ou maus. A Bíblia não encobre as falhas e faltas de seus personagens.

6. A estupenda unidade da Bíblia é um argumento para sua inspiração. Este é um milagre em si mesmo. Foi escrita em dois continentes; em três línguas; sua composição e compilação estendendo-se através da vagarosa progressão de dezasseis séculos; teve aproximadamente quarenta autores; partes dela escritas em tendas, palácios, cárceres, cidades e desertos; escrita em tempos de perigos e em períodos de júbilo; entre seus autores - juízes, sacerdotes, reis, profetas, ministros, pastores, escribas, soldados, médicos e pescadores; entretanto, mesmo com estas circunstâncias, condições e obreiros tão variados, a Bíblia é um Livro. Ela mantém sua unidade. Existe afinidade entre uma parte e outra. Quanto mais se pondera nesta verdade, mais admirável se torna a Bíblia.

"Imagine quarenta pessoas de diferentes nacionalidades, com diferentes culturas musicais, visitando o órgão de alguma grande catedral e em longos intervalos de tempo, e sem qualquer fraude, tocarem sessenta e seis notas diferentes que, quando combinadas, produzissem um grande tema musical sacro. Tal fato não mostraria que, por trás destas várias pessoas, existia um mestre que presenciava, programava e dirigia a peça? Quando apreciamos uma orquestra que mesmo com tantos instrumentos produz uma melodia harmoniosa, compreendemos que por trás destes diversos músicos existiu o gênio de um compositor. E quando entramos nos corredores da Academia Divina e escutamos os corais celestes que entoam o Hino da Redenção, todos em perfeito acordo e em união, sabemos que é o próprio Deus que escreveu a música e colocou este canto em suas bocas". A. W. Pink

7. As profecias cumpridas dão testemunho da origem Divina da Bíblia. Profecia é a predição de eventos antes que se cumpram. Esta é a prova da revelação Divina. O apelo de Deus ao cumprimento de profecia é notório através da Bíblia. Deuteronômio 18:22; Isaías 41:21-23; e 2 Pedro 1:19-21. Os homens fazem, às vezes, predições gerais concernentes ao futuro, mas a Bíblia contém centenas de profecias, que foram cumpridas literalmente, centenas de anos após serem escritas.

(1) As profecias concernentes a Cristo. Ele é um dos grandes assuntos da profecia. Apocalipse 19:10; Hebreus 10:7. Miquéias predisse Seu lugar de nascimento (Miquéias 5:2). Isaías disse que Sua mãe seria uma virgem (Isaías 7:14). Temos várias profecias de coisas a respeito de Sua morte no Salmo 22 e em Isaías 53. E no Salmo 16:10, encontramos uma profecia sobre Sua ressurreição.

(2) As profecias a respeito dos judeus. Estas como as profecias concernentes a Cristo, são muitas para enumerarmos. Frederico, O Grande, exigiu de um de seus marechais que era crente, prova da verdade da Bíblia numa palavra só. "O judeu" foi a réplica lacônica, irresponsável. A destruição da cidade real, Jerusalém, foi predita anos antes do acontecimento. Leia Mateus 24:1-7; Mateus 25 e Lucas 21 e depois leia o registro da destruição de Jerusalém por Josefus, que estava com Tito em sua campanha e mais tarde escreveu a história do evento. O judeu andarilho tem sido, há anos, um provérbio na história humana; mas fora muito antes profecia divina.

(3) As profecias sobre a Babilônia. Leia Isaías 13:19-22; 14:22-23; Jeremias 50:51. De todas as cidades na profecia à parte de Jerusalém, a Babilônia aparece com mais proeminência. A Babilônia é mencionada em Gênesis e em Apocalipse. Esta cidade é divinamente ameaçada por Isaías, por Jeremias e ainda por João em Apocalipse. Seria proveitoso para o aluno, com sua concordância, ler tudo o que a Bíblia diz em relação à Babilônia.

(4) Uma das partes mais interessantes das profecias trata de Josias, o rei-menino de Judá, que reinou de 637- 608 a. C. Quando Jeroboão encontrava-se ao lado de seu altar para queimar incenso, um profeta desconhecido mandado por Deus, veio de Judá e clamou contra o altar com estas palavras: "Altar, altar! assim diz o Senhor: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e os ossos de homens se queimarão sobre ti". 1 Reis 13:2. A data desta profecia foi 975 a. C. Aqui temos a predição do nascimento, nome e feito de um futuro rei de Judá, que aconteceu três séculos e meio mais tarde. O cumprimento desta profecia se encontra registrado em 2 Reis 23:15-16: "E também o altar que estava em Betel, e o alto que fez Jeroboão, filho de Nebate, que tinha feito pecar a Israel, juntamente com aquele altar também o alto derrubou; queimando o alto, em pó o desfez e queimou o ídolo do bosque. E, virando-se Josias, viu as sepulturas que estavam ali no monte, e enviou, e tomou os ossos das sepulturas, e os queimou sobre aquele altar, e assim o profanou conforme a Palavra do Senhor, que apregoara o homem de Deus, quando apregoou estas palavras". O cumprimento aconteceu em 624 a. C., ou 351 anos após a profecia ser feita.

ALGUMAS CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BÍBLIA COMO REVELAÇÃO DIVINA

1. Ela é um livro religioso. Ela não é um livro didáctico sobre ciências naturais, mas uma revelação da verdade moral e salvadora. Ela não foi escrita para que os homens soubessem como viver aqui, mas para que se preparassem para o que há-de acontecer.

2. A Bíblia é um livro aberto. Suas verdades não são dadas em termos científicos, antes são reveladas na linguagem do povo. Se a Bíblia tivesse sido escrita em linguagem científica do primeiro século ela seria antiquada no vigésimo século. Se tivesse sido escrita na linguagem do século vinte, ninguém a poderia entender salvo em nossos dias. Se na língua científica, somente os entendidos poderiam entender. A Bíblia não foi escrita para os entendidos, antes para os homens. Ela é o "livro dos povos". Ela foi entregue aos santos, não ao papa nem aos sacerdotes. Se a Bíblia se encontra encoberta, o véu jaz sobre o coração humano e não sobre a Bíblia. A melhor qualificação para o entendimento da Bíblia é uma mente sincera, honesta e iluminada pelo Espírito.

3. A Bíblia é um livro prático. Toda Escritura é dada pela inspiração de Deus e é proveitosa. O valor da Bíblia vai além do valor dado pelo ser humano. Este livro veio de Deus e nos conduz a Deus. Sei que Ela veio de Deus pois trata de assuntos além do intelecto humano. A Bíblia mostra o caminho a Deus, e como alguém pode se tornar justo diante da Santa lei de Deus. Ela é o manual da vida e conduta. Não foi dada como adorno à biblioteca, mas como guia da vida. Leia este livro para tornar-se sábio, creia nela para ter segurança e pratique seus ensinos para ser santo. Como alguém disse: "conheça a Bíblia na mente, guarde-a no coração, mostre-a na vida, e semeie-a no mundo".

4. A Bíblia é um livro imortal. Todos os outros livros morrem. Pode-se dizer da Bíblia, o que foi dito de Cristo no Salmo 110:3: ..."desde a madre da alva, tu tens o orvalho da tua mocidade". O tempo não enruga a fronte da Palavra eterna.

A Bíblia está entre os livros mais vendidos do mundo, e ao mesmo tempo é o mais desprezado. Todas as armas do arsenal do inferno já foram usadas contra a Bíblia. Todas as estratégias do império satânico já colaboraram para destruí-la. Mas a Bíblia é um livro vivo e indestrutível. Ela sobreviveu às fogueiras dos pagãos e da Roma papal e a todos "os sofismos dos filósofos opositores". Ela sobreviveu aos argumentos de Ingersoll, o ridículo de Voltaire, e aos raciocínios de Thomas Paine. "Para sempre, Ó Senhor, tua palavra permanece no céu". A Bíblia é como a sarça que Moisés viu queimando mas não se consumia, pois Deus estava nela. É como a bigorna que desgasta todos os martelos.

"Sim, como bigorna sólida, permanecem as Escrituras, é violentamente esmurrada pelas mãos dos pecadores; com ruído e pompa de entendimento fazem grande demonstração. Mas, como o martelo do ferreiro, eles se gastam sobre Ela".

5. A Bíblia é um livro caro. Para nós seu custo não é muito. Entramos numa livraria e pedimos uma Bíblia; pagamos o valor, alguns reais dependendo do preço. Mas é este o preço da Bíblia? Deus em Sua misericórdia fez do livro mais caro, um livro de baixo preço a nós. Nós calculamos o valor de um artigo pelo custo para produzi-lo. A Bíblia é de alto valor em seu aspecto humano. Homens passaram a vida inteira em mosteiros medievais fazendo cópias manuscritas da Bíblia para as gerações futuras. Existem também os mártires que deram a sua vida por amor à verdade, quando um papa ou pagão tentava tirar-lhe uma cópia dela. A Bíblia também representa um custo para Deus. De Génesis a Apocalipse ela foi escrita com o sangue de Seu Filho. O Velho Testamento é o dedo da profecia que aponta ao Calvário no futuro; o Novo Testamento é o dedo histórico que nos dá um retrospecto ao Calvário. Para escrever a mensagem de amor, Deus teve de quebrar o coração de Seu Filho no madeiro. Em tempos passados a Bíblia era escrita sobre peles de ovelhas e hoje a encontramos no papel. Os pergaminhos nos lembram o Cordeiro imolado, para que Sua pele pudesse vestir o homem e Seu sangue o remisse, e que Sua pele pudesse também levar a mensagem de graça e amor aos perdidos. O papel feito de madeira esmiuçada nos lembra da Árvore da Vida cortada e esmiuçada no Calvário desfigurado além de todos os filhos dos homens... Para que Ele pudesse levar as boas novas do amor de Deus.

Fonte: PALAVRA PRUDENTE

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